
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, está à frente das negociações entre os estados brasileiros, o Congresso Nacional e o governo federal para resolver a complexa questão das dívidas estaduais com a União. Nesta semana, Caiado esteve em Brasília, onde se reuniu com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o presidente Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e outros governadores para discutir soluções para este problema persistente.
Na quinta-feira (4/7), em entrevista ao programa “Em Ponto”, da Globonews, Caiado criticou o atual modelo de renegociação das dívidas dos estados com a União e destacou a necessidade urgente de revisar o indexador da dívida. Ele argumentou que a situação atual leva ao sufocamento fiscal dos estados, comparando o processo a uma “agiotagem”. “É próximo a um processo de ‘agiotagem’”, afirmou o governador.
Caiado ressaltou a necessidade de revisar o indexador das dívidas para evitar que os governadores sejam injustamente rotulados como maus pagadores. Ele apontou que a dívida total dos estados aumentou de R$ 283 bilhões para mais de R$ 700 bilhões, chegando atualmente a R$ 764 bilhões, um fardo insustentável para qualquer estado.
Além das questões financeiras, Caiado criticou a centralização de poder pelo governo federal, mencionando a reforma tributária como um exemplo dessa tendência. “Os estados têm sido muito penalizados. Você vê que cada vez mais o governo federal tenta concentrar esse poder, se apoderando das decisões dos estados, tirando nossa governabilidade e capacidade de prever o avanço da economia e da oferta de empregos à nossa população”, argumentou.
A postura firme de Caiado ressalta a necessidade de uma solução justa e urgente para a questão das dívidas estaduais, visando garantir a estabilidade fiscal e a governabilidade dos estados brasileiros. Seu esforço é crucial para que os estados possam equilibrar suas finanças e continuar promovendo o desenvolvimento econômico e social.