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Quasar Cia de Dança confirma espetáculo presencial e reforça convite para exibição pelo YouTube e live pelo Zoom

A Quasar Cia de Dança confirma a apresentação presencial do espetáculo Estou Sem Silêncio, no dia 10 de junho, sexta-feira, às 20h, no Teatro Goiânia. Além disso, estão agendadas duas transmissões online, nos dias 14 e 23 de junho. A do dia 23 será uma Live AO VIVO, pelo Zoom, com o elenco e os diretores da Quasar, que conversarão e responderão perguntas sobre o momento atual da Companhia.

A transmissão do dia 14 de junho será pelo YouTube e o trabalho a ser exibido será o espetáculo Tão Próximo, um trabalho cuja estreia aconteceu em 2010 e que trata sobre as possibilidades do encontro com o outro. Uma criação de Henrique Rodovalho que extrapola o universo das individualidades e adverte sobre as nuances das conexões físicas e emocionais, entre corpos e almas, e que, para um momento de retomada das relações sociais, após largo período de isolamento, é uma reflexão necessária e robusta.

Os ingressos pro Teatro Goiânia podem ser adquiridos pelo site www.sympla.com.br, pelos valores de R$ 30 (meia-entrada) e R$ 60 (inteira). A doação de 1 quilo de alimento não perecível dá direito à meia-entrada. Os alimentos arrecadados serão doados para o projeto “Adote a Arte”, criado pelo músico Xexéu em face das dificuldades vividas pelo meio artístico, com acirramento da pandemia de Covid-19, quando muitos artistas, técnicos e produtores perderam seus trabalhos.

Este projeto conta com recursos da Lei Aldir Blanc e é uma realização do Ministério do Turismo, da Secretaria Especial da Cultura do Governo Federal, por meio do Governo de Goiás, Secretaria de Estado de Cultura de Goiás.

Estou Sem Silêncio

.Criado em 2019, após a Quasar completar três décadas de atividades ininterruptas, Estou Sem Silêncio marcou uma espécie de retomada da Companhia, após o fechamento de sua sede. Nesse trabalho, Henrique Rodovalho reuniu um elenco integralmente feminino, com tamanho reduzido, de forma a tornar possível a circulação desse trabalho por mais espaços cênicos, Brasil e mundo afora. E o resultado foi uma obra que conquistou plateias desde a sua primeira exibição.  Atento às discussões relacionadas às questões de gênero, Henrique Rodovalho elaborou um espetáculo que tem a mulher como o centro. Quatro bailarinas expõem, através do corpo, sentimentos cotidianos do universo feminino. Mulheres sensuais, submissas e livres, alegres e tristes, que amam intensamente, sofrem, perdoam, vão do riso às lágrimas. Com exceção do bolero de Ray Conniff, a música das cantoras Céu, Tulipa Ruiz e Grace Carvalho estão na trilha sonora do espetáculo.

Tão Próximo (Estreia: 2010)

O fascínio pelo entendimento das propriedades dos relacionamentos trouxe reflexões acerca do território limítrofe entre a convivência social e a intimidade com as pessoas que nos cercam, sejam elas conhecidas ou não. Tão Próximo questiona uma possível distância que persiste entre as pessoas e provoca os sentidos propondo uma interrogação: até que ponto podemos, ou devemos, nos aproximar? “No processo criativo, as relações mais óbvias já não me interessavam. O que me instigou foi pensar sobre os mistérios e as incertezas”, afirma o coreógrafo. Em cena o elenco opta pela ruptura de barreiras, quando egoísmo e altruísmo entram em discussão. Para o próximo, ou para nós mesmos, a aproximação consumada é boa ou má?

Essa obra conta com trilha sonora de Hendrik Lorenzen, Naná Vasconcelos, Céu, Matmos e Taylor Deupree, figurino de Cássio Brasil e cenografia do próprio Henrique Rodovalho.

34 anos de um trabalho consistente e reconhecido

Com 34 anos completos em fevereiro de 2022, a Quasar Cia. de Dança segue traçando novos caminhos e novas perspectivas de atuação, diante dos cenários que se apresentaram para sua continuidade nos últimos 8 anos (o fechamento do Espaço Quasar se deu em 2016, por falta de patrocínio). A pandemia trouxe ainda mais desdobramentos para a consubstanciação de um trabalho que exige dedicação diária, esforço contínuo, formação continuada, e, em grande parte das criações, a presença física dos trabalhadores das artes, já que a dança é expressão do corpo e das histórias impregnadas nele.

Neste caso, este projeto busca exatamente a reflexão sobre as diversas dinâmicas que perpassam a Companhia ao longo de sua trajetória de décadas, e sobre o que é possível fazer para que a arte sempre permaneça e seja caminho de diálogo para outras ponderações, contemplações e ruminações. Tudo isso sem deixar de prezar pelo poder criativo da originalidade de movimentos, pelo apuro técnico da execução e pela qualidade de produção.

Seguem à frente da companhia os seus fundadores, Vera Bicalho (diretora geral) e Henrique Rodovalho (diretor-artístico e coreógrafo). A dupla segue investindo esforços para a continuidade da Companhia. O elenco tem atuado por meio de convites para projetos específicos, mas a busca pela permanência é constante. O principal objetivo de ambos segue sendo a profissionalização da dança e a formação de um público que melhor contextualize um trabalho que se pauta por uma forte identidade autoral. É o prazer artístico respaldado pelo selo da qualidade.

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