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Prefeitura de Goiânia recebeu irregularmente verbas para ambulâncias paradas do Samu, aponta auditoria

Prefeitura de Goiânia recebeu irregularmente verbas para ambulâncias paradas do Samu, aponta auditoria

Relatório do Ministério da Saúde aponta que sete ambulâncias do Samu estavam paradas, mas receberam recursos federais; prejuízo total é de R$11 milhões

Uma auditoria do Ministério da Saúde revelou que a Prefeitura de Goiânia recebeu de forma irregular verbas destinadas à manutenção de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mesmo estando esses veículos fora de operação. Dos 17 veículos analisados, sete estavam em oficinas, sem condições de uso. O relatório indica ainda irregularidades nos relatórios preenchidos para justificar os repasses do governo federal, resultando em um prejuízo total de R$11 milhões.

A auditoria constatou que a Secretaria Municipal de Saúde deve devolver mais de R$2 milhões por recebimento indevido de verba e recomenda a suspensão imediata do repasse para as ambulâncias paradas até a conclusão das verificações. A pasta afirmou ter colaborado plenamente com a auditoria e está tomando medidas para corrigir as falhas identificadas.

Segundo o documento, para receber recursos da União, é necessário comprovar que as ambulâncias estão em atividade, prestando socorro à população. No entanto, registros mostram que veículos ficaram parados por longos períodos enquanto recebiam repasses milionários do governo federal.

Irregularidades foram encontradas, como o caso da Unidade de Suporte Avançado número 4, que permaneceu na oficina por 16 meses, recebendo mais de R$770 mil nesse período, apesar de não estar em operação. O relatório destaca também lançamentos indevidos de produção de outras unidades móveis no Sistema de Informação Ambulatorial (SIA/SUS) para unidades inativas, resultando em repasses indevidos de recursos.

Além das questões financeiras, a auditoria aponta responsabilidade do ex-secretário de Saúde, Durval Pedroso, que deverá restituir quase R$9 milhões por falta de prestação de contas. O ex-secretário alegou que as demandas eram encaminhadas para diversas unidades da secretaria, mas a justificativa não foi aceita pela auditoria.

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