
O prefeito de Cachoeira de Goiás, Geraldo Antônio Neto (PP), está no centro de uma operação conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MP) nesta terça-feira, 16. A investigação apura suspeitas de desvio de cerca de R$ 300 mil dos cofres municipais, relacionados à aquisição de alimentos para as secretarias da gestão municipal.
De acordo com o MP, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão na cidade, sob coordenação da Procuradoria Especializada em Crimes Praticados por Prefeitos, com apoio da Polícia Militar (PM). A operação foi autorizada pelo desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga.
Esta não é a primeira vez que Geraldo Antônio Neto enfrenta problemas legais. No início deste ano, teve seus direitos políticos suspensos em decorrência de uma ação por improbidade administrativa. A sentença também determinou a perda da função pública, mas o prefeito permaneceu em seu cargo mesmo após a decisão.
A condenação anterior foi resultado de uma investigação que revelou a doação de terreno, material de construção e mão de obra pública para a construção de uma residência destinada ao filho do presidente da Câmara Municipal, um aliado político de Geraldo. O prejuízo aos cofres públicos foi estimado em R$ 42 mil.
Além da suspensão dos direitos políticos, da perda da função pública e do ressarcimento integral do dano ao erário, Geraldo também foi multado em valor equivalente ao prejuízo. Em 2023, o prefeito já havia sido temporariamente afastado do cargo por 60 dias devido a atrasos nos repasses do Instituto de Previdência Social (IPC), mas retornou após a Justiça suspender a liminar de afastamento.