Nova reviravolta na Câmara Municipal de Goiânia: Bill Guerra (Solidariedade) será diplomado como vereador, enquanto Léo José (Sem Partido) perde mandato devido a decisão judicial
Recontagem de votos pelo TRE-GO confirma Bill Guerra como novo vereador, desbancando Léo José após cassação da chapa do PTB por fraude na cota de gênero. Guerra é o quinto a assumir devido a questionamentos na Justiça Eleitoral
O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) determinou uma reviravolta na composição da Câmara Municipal de Goiânia, com a recontagem de votos colocando Bill Guerra (Solidariedade) como o próximo vereador a ser diplomado em 12 de dezembro. A decisão resultou na perda do mandato de Léo José (Sem Partido) devido à cassação da chapa do PTB, partido pelo qual foi eleito, por fraude na cota de gênero.
Guerra será o quinto vereador a assumir o mandato em decorrência de cassações relacionadas ao cumprimento da cota de gênero. Sua posse na Câmara de Goiânia está programada para o dia 5, e, segundo o futuro vereador, seu foco será dar continuidade aos trabalhos sociais e à fiscalização de obras e demandas públicas, especialmente considerando o curto período até as eleições municipais.
Os vereadores que assumiram mandatos devido a processos na Justiça Eleitoral formam o bloco Vanguarda, atualmente composto por seis parlamentares. Igor Franco (Solidariedade), líder do bloco, afirmou ter formalizado o convite para que Bill Guerra se una ao grupo, ressaltando que tudo está alinhado. No entanto, Guerra, em nota, enfatizou que seu foco é melhorar a vida da população e que não está prioritariamente interessado na composição de blocos.
A cassação de mais um vereador preocupa parlamentares próximos ao presidente Romário Policarpo (Patriota). Há temores de que outros processos em andamento na justiça eleitoral possam resultar na perda de mandato de mais seis vereadores do PMB, PSC (partido incorporado ao Podemos) e Avante.
A decisão que levou à cassação da chapa do PTB foi uma resposta a um questionamento do diretório municipal do PT. O ministro Nunes Marques, responsável pela decisão, ressaltou renúncias e indeferimentos em candidaturas femininas antes do prazo de substituições, levando o PTB a não atingir o percentual legal de 30% de mulheres na chapa. Léo José, por sua vez, afirma ter vencido o processo em todas as instâncias e aguarda manifestação de Marques sobre as cautelares que protocolou, além de esperar a decisão do colegiado do TSE.