Marido de Lêda Borges pode ser preso por esquema com o ex-presidiário Ivan Kleber
Gaeco pode reabrir investigações contra Francisco de Carvalho Martins depois da comprovação de envolvimento com empresário ex-presidiário
Uma investigação junto ao GAECO foi paralisada em 2018, por falta de elementos que comprovasse a relação de um vídeo em que mostra o esposo da deputada estadual Lêda Borges, Francisco de Carvalho Martins, contanto dinheiro de um empresário, aparentemente em ambiente da prefeitura do município.
Após ouvir empresários, servidores e o próprio investigado, o Ministério Público concluiu que o vídeo era verdadeiro, mas não encontrou os empresários envolvidos com o mesmo. O vídeo de demais documentos circulam nas redes sociais e já é de domínio público.
Após denúncias de que o ex-presidiário Ivan Kleber teria forte envolvimento e mantém relação financeira com Lêda Borges – com cargos, contratos e salários – foi pedido reabertura de inquérito contra Francisco.
Após quatro anos e sem o processo criminal prescrever, por se tratar de crime de peculato, o fio da meada começa aparecer. No vídeo aponta que Francisco operava com empresários, envolvendo uma empresa de concreto, convênios e uma contrapartida de R$ 7 mil por mês. Francisco chega a perguntar: “- quer que eu vá lá bater naquela empresa de concreto?” As provas começaram aparecer, e dizem as más línguas que um empresário de Minas Gerais, comunicador, coleciona, além de outros vídeos, uma série de documentos que demonstram um “forte esquema de corrupção na gestão de Lêda Borges”, enquanto era prefeita.
Francisco, ao final, conta o dinheiro, diz que está OK.
Reportagem apurou que, além da empresa de comunicação e serviços de PABX, o ex-presidiário Ivan Kleber chegou arrematar veículos da prefeitura em um Leilão. Uma auditoria apura o envolvimento de Francisco com a empresa CEU – TECNOLOGIA E SOLUCOES LTDA e os valores recebidos por esta com contratos públicos.
Em 2017, Ivan Kleber que se diz apadrinhado de Lêda chegou a vender serviços de PABX e a fraudar uma licitação na Prefeitura, interceptado pelo jurídico, controle interno e pelo Ministério Público. De fato: o serviço recebido por Ivan Kleber de PABX e centrais telefônicas, não efetivamente executado e deve ser ressarcido pelos cofres públicos. O mesmo empresário foi preso em 2007 na operação Firewall.
Atualmente, a corregedoria da Alego e o TCE abriu um procedimento de investigação de servidores fantasmas e uso indevido de recursos da Verba Indenizatória por parte de Lêda Borges com empresas de comunicação.
