Sandro Mabel tem se esforçado para internacionalizar o Aeroporto de Goiânia através de negociações com companhias aéreas e autoridades governamentais. O prefeito já se reuniu com ministros em Brasília, buscou apoio da Embaixada de Portugal para uma rota com Lisboa, e a prefeitura iniciou estudos técnicos para viabilizar voos internacionais, buscando fortalecer a economia e o turismo local.
1- Como está sendo feita a articulação política e diplomática?
O Preito Sandro Mabel reuniu-se com ministros em Brasília para pedir apoio na inclusão de Goiânia em rotas internacionais, conforme noticiado pelo Jornal Opção. Ele também buscou o apoio da Embaixada de Portugal para negociar uma rota com Lisboa, tendo o embaixador se mostrado receptivo e comprometido em analisar a questão.
2- Porque o Foco na rota para Lisboa?
A negociação para um voo direto entre Goiânia e Lisboa com a TAP é uma das principais prioridades, vista como uma forma de criar uma ponte aérea entre Goiás e a Europa, beneficiando o comércio e o turismo.
3- Quais são as melhorias necessárias no aeroporto?
A concessionária Motiva Aeroportos informou que o aeroporto passou por melhorias, incluindo a ampliação da área de embarque internacional, e está apto a receber voos internacionais.
4- Estão realizados estudos técnicos?
A Prefeitura de Goiânia através da Secretaria de Captação e Relações Institucionais, e do Grupo Executivo de Projetos Prioritário, iniciou estudos técnicos para viabilizar os voos internacionais, buscando fortalecer o turismo de negócios, de saúde e de eventos, e impulsionar a economia da capital.
5- O Aeroporto de Goiânia (Santa Genoveva) foi oficializado como internacional?
Sim, em agosto de 2020, podendo receber voos regulares e não-regulares após a certificação da ANAC e adequações de infraestrutura.
6- E a o tamanho da pista?
A internacionalização, no entanto, ainda depende da negociação com companhias aéreas para a implementação de voos regulares frequentes, e enfrenta limitações de infraestrutura, como o tamanho da pista, que atualmente impede a operação de aeronaves de grande porte como o Boeing 777. A pista tem 2.500m de extensão e 45m de largura, sendo 2.286m homologados para uso.
7- Quais são os Voos internacioais atuais e planos Futuros?
Apesar da certificação, o aeroporto ainda não
possui voos internacionais regulares devido a essas limitações de pista, As rotas em estudo incluem destinos como Lisboa (Europa), Flórida (EUA) e Buenos Aires (Argentina)].
O aeroporto está tecnicamente habilitado para voos internacionais (como o recebimento de voos fretados ou não regulares), mas a falta de uma pista mais longa e a dependência de estudos de viabilidade comercial pelas companhias aéreas impede, por enquanto, o início de voos internacionais regulares.
Para que os voos aconteçam, é preciso que as companhias aéreas vejam viabilidade econômica na rota. A expectativa é que a redução do ICMS sobre o querosene de aviação e o potencial turístico do estado atraiam as empresas.
8- O que já foi feito
Certificação: Em agosto de 2020, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) publicou a portaria que designou o Aeroporto Santa Genoveva como internacional.
9- Qual é a infraestrutura?
O aeroporto foi adaptado para receber voos internacionais, incluindo a instalação de espaços para as equipes da Receita Federal, Anvisa e Polícia Federal.
10- Já teve um primeiro voo?
Em outubro de 2020, o aeroporto recebeu seu primeiro voo internacional de passageiros, uma UTI aérea vinda de Buenos Aires, Argentina.
11- Qual a importância do Terminal de cargas?
Segundo o Secretario de Captação de Recursos e Relação institucionais, Toledo Junior, responsável pelos estudos técnicos, foi concluído um terminal refrigerado e sendo finalizado um novo terminal de cargas, com previsão de entrar em operação no primeiro semestre de 2025, o que pode contribuir para o desenvolvimento econômico do estado após a conclusão do novo terminal em construção.
12- Quais são os desafios e próximos passos?
A pista do aeroporto tem 2.500 metros e não é longa o suficiente para receber aviões de grande porte como o Boeing 777.
A implementação de voos internacionais regulares e frequentes depende do interesse e negociação com companhias aéreas. Com isso, a pista pode comportar aeronaves demédio porte, como os modelos ATR 72, Boeing 737, Embraer 190, Airbus A320, A-321 entre outros. Aeronaves de porte médio/grande, como os modelos Boeing 757 e Airbus A330, também operam ocasionalmente. Das aeronaves citadas, apenas o Airbus A330 é capaz de fazer uma rota que cruza o Atlântico.
13- Quais são as posições contrárias e questionamentos existentes?
Os debates sobre priorizar a internacionalização do aeroporto em detrimento de outras demandas urgentes, como melhorias na saúde, educação e transporte público.
A existência sobre o Aeroporto de Anápolis, mas ele Atende a aviação executiva e particular, sendo um ponto estratégico para negócios e lazer.
A existência da Base Aérea de Anápolis (BAAN), Ela é Um aeroporto militar estratégico para a Força Aérea Brasileira, próximo à cidade.
A proximidade do Aeroporto de Brasília é a grande fala dos opositores, alegam que Brasília é que tem o papel de ser um grande hub de conexões nacionais e internacionais e um centro de desenvolvimento para o turismo e economia local. Mas o eixo Goiânia-Brasília é considerado o segundo maior eixo econômico do País, ficando atrás apenas da Via Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. Justifica-se assim interferência no Aeroporto de Goiânia por questões logísticas ao dividir com Brasília esta importante missão.
Aparecida de Goiânia não tem um aeroporto comercial de passageiros, mas o aeroporto local, chamado Antares Polo Aeronáutico, está em construção e se concentrará em aviação executiva, carga e manutenção de aeronaves. O aeroporto de passageiros mais próximo é o Aeroporto de Goiânia (GYN), localizado a cerca de 25 km de distância.
14- Fatores que influenciam positivamente as obras necessária a internacionalização.
Segundo o administrador Flávio Máximo, Coordenador Operacional do Grupo Executivo de Projetos Prioritárias da Prefeitura de Goiânia, a internacionalização não favorece apenas o setor de turismo e de negócios, o principal será o transporte de cargas, a proximidade do Porto Seco de Anápolis, do Polo industrial de Aparecida de Goiânia, e do Sudoeste do Estado polo do Agronegócio só ai se justiça.
Cito como exemplo da importância o terminal de cargas 100% refrigerado, inaugurado em setembro de 2025, voltado especificamente para produtos farmacêuticos, químicos e hospitalares. Além disso, há planos para a construção de um novo terminal de cargas para atender outros segmentos produtivos, como informou a concessionária Motiva Aeroportos. E a proximidade do Polo Farmaceutico de Anápolis.
A concessionária que cuida do aeroporto de Goiânia é a CCR Aeroportos. Anteriormente, a empresa operava sob o nome de Motiva, mas a denominação mudou no início de 2025, refletindo sua atuação mais ampla em mobilidade, incluindo A A concessionária já iniciou a fase de construção de um novo terminal de cargas para atender outras demandas da indústria e do comércio.
O novo terminal será ampliado conforme o crescimento do volume de mercadorias e das necessidades do mercado.
Para concluir ressalto a visão de futura do Prefeito Sandro Mabel, que antevê o crescimento de nossa Capital motivada pelo setor industrial, de eventos , turismo religioso, turismo de saúde do Agronegócio. No passado Goiânia foi planejada para 50 mil habitantes hoje ultrapassa a a casa de um milhão e quinhentos mil, ninguém preveniu este crescimento tão rápido.
Ressalto também o caso da MSC cruzeiros, nós imaginávamos que ela só atendia o setor de turismo. MSC na realidade refere-se a duas divisões principais do grupo: a MSC Mediterranean Shipping Company, uma das maiores empresas de transporte de contêineres do mundo, e a MSC Cruzeiros, uma das maiores companhias de cruzeiros do globo. Ambas as divisões fazem parte do grupo privado de transporte e logística MSC Group, com sede na Suíça. É a segunda maior operadora de transporte de contêineres do mundo.
Portanto ressalto a importância do segmento de cargas no mundo. Não só de turismo o Aeroporto de Goiânia irá justificar sua internacionalização.
Garibaldi Rizzo
Arquiteto e Urbanista
Coordenados Técnico do Grupo Executivo de Projetos Prioritários da Prefeitura de Goiânia.
