O Ministério da Saúde retomou, no início de 2023, as políticas públicas de saúde indígena e o cuidado com essa população após desassistência e abandono nos últimos anos. Desde então, essa é uma questão tratada com total prioridade pelo governo federal. Nesta quinta-feira (22), a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, e o secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, conversaram com a imprensa para anunciar medidas para a Terra Indígena Yanomami.
Em um plano de ação para 2024, o Ministério da Saúde trabalha com o início da construção do primeiro hospital indígena em Boa Vista (RR), a construção do Centro de Referência em Surucucu permitindo o serviço e a atenção especializada no território, a construção e a reforma de 22 unidades básicas de saúde indígenas, e a reforma completa da CASAI em Boa Vista. Também está sendo feito um Inquérito de Saúde Indígena em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para identificar a subnotificação de dados no território. Segundo dados do Censo de 2023, são 27,1 mil indígenas vivendo no território Yanomami. No entanto, os sistemas oficiais do Ministério da Saúde indicam uma população de 31 mil pessoas. O objetivo do inquérito é compreender o que ocorreu com essas pessoas que não aparecem no Censo.