O governador de Goiás Ronaldo Caiado (UB) pretende criar um fundo do agro para investimento em obras de infraestrutura pelo estado. Para isso, Caiado tem tentado dialogar durante esta semana com diversos representantes do setor do agronegócio e líderes ruralistas para discutir a criação do fundo para a infraestrutura em Goiás. O dinheiro arrecadado será exclusivamente destinado para a melhoria de estradas e rodovias goianas, que vai, também, colaborar com o desenvolvimento do agronegócio no estado.
Segundo o governo a viabilização do fundo já está sendo estudada, assim que o projeto for elaborado, será enviado à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para apreciação dos deputados.
O governador de Goiás ainda afirmou ser necessário a criação de um fundo que garanta investimentos em infraestrutura nos próximos anos. Segundo ele, “não podemos deixar Goiás colapsar nessa hora”, referindo-se às mudanças realizadas pelo Governo Federal sobre a diminuição das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis – que financia serviços essenciais como segurança, saúde e educação.
Para o governador, a queda na arrecadação do ICMS deve chegar à casa dos R $4 bilhões no ano. Além disso, outros estados da região Centro-Oeste do país já tem um fundo semelhante.
Contra mão
A proposta do governador Ronaldo Caiado não foi bem vista pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). O setor argumenta que o momento é de incerteza para o produtor e não é hora de criar uma taxação. Em nota divulgada a Faeg afirma que não fez, e nem fará parte da comissão de análise deste projeto.
”A Faeg se coloca CONTRA a criação de qualquer tipo de taxação do setor e afirma que não fez, e nem fará parte da comissão de análise deste projeto”, diz trecho da nota.
O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás(Alego), Lissauer Vieira (PSD), também se pronunciou sobre o projeto do governo e diz ser contra.
“Como presidente da Assembleia legislativa de Goiás, sempre estive ao lado do governador, no reequilíbrio fiscal do estado. Enfrentamos momentos difíceis, mas não me titubeei nos meus princípios. Por isso, acredito que existem outras formas de equilibrarmos as contas públicas para compensar a queda da arrecadação do ICMS, sem prejudicar as pessoas que empreendem e trabalham num setor vital para a nossa economia , como é o agronegócio”, disse Lissauer em nota.