Goiás tem quatro artistas goianos participando na 14ª Mostra Internacional em Roma

Com uma heterogeneidade de estilos e temas em categorias como pintura, fotografia e desenho, foram escolhidos quatro artistas goianos: Carlos Albuquerque, Helenilce Gusmão, Lionizia Goyá e Marly Mendanha. O projeto surgiu a partir do convite da Academia Italiana de Arte Moderna (AIAM) que desejava a participação brasileira dentro do Jubileu de Roma. Desde o início do ano que Roma recebe fiéis de todo o mundo para o Ano Santo Jubileu, evento religioso de prestígio na Igreja Católica que acontece a cada 25 anos. Nesta edição de 2025, o tema é ‘Peregrinos da Esperança’ e mantém uma extensa programação religiosa, artística e social até o dia 06 de janeiro de 2026.

O Jubileu é marcado pela abertura da Porta Santa nas principais basílicas de Roma, como a de São Pedro, São Paulo e Santa Maria Maior. Durante todos os meses, há celebrações, procissões, exposições culturais e missas especiais.

O membro da instituição, Edilson Elio Barbosa, escolheu os artistas brasileiros levando em consideração sua atuação à frente de inúmeras exposições e salões internacionais da Academia Nacional de Artes Plásticas. Os artistas goianos selecionados reverberam temáticas religiosas em seus trabalhos pictóricos e acentuam questões relacionadas à fé, devoção, cultura regional e saberes populares. para as obras, a ideia era brindar as relações entre a representação de personagens católicos, como o Papa Francisco, ao lado de ícones brasileiros que precisam ser reiterados, como os povos indígenas.

Obra de Carlos Albuquerque

O artista Carlos Albuquerque, residente em Caldas Novas, destaca temáticas ambientais com a pintura ‘Coexistência Pacífica’. Além de trabalhar com artes visuais, o artista é engenheiro agrônomo e mestre em educação. Ele também cria esculturas em pequeno e grande porte, que estão espalhadas pelo interior goiano.

Obra de Helenilce Gusmão (divulgação)

A artista plástica Helenilce Gusmão, também está representando Goiás, no Salão de Roma. A artista mantém um estilo entre o real e o abstrato, com linhas que dão movimentos criativos a composições visuais. Em 2014 foi premiada em Dubai. Em 2024, recebeu a Medalha de Prata pela Academia Nacional de Artes Plásticas, no Museu de Louvre, em 2024, em Nova York. No salão leva a obra em acrílico sobre o Papa Francisco. Seu trabalho tem viés de religiosidade, tanto na pintura quanto na escrita. Em 2024,, Helenilce lançou o livro ‘Apocalipse em Números’ com um pouco de julgamento. Para a artista é preciso pontuar a relevância da participação e divulgação da arte goiana e brasileira no exterior. Helenilce é graduada em Ciências Biológicas, também está se dedicando à literatura. É natural de Uruana/GO, e reside em Goiânia.

Obra ‘Leo Botanicus V.’ de Lionizia Goyá   (divulgação)

Lionizia Goyá leva questões religiosas para Roma, apresentando durante o jubileu a obra em técnica mista intitulada “Leo Botanicus V.” A artista que atualmente reside em Quirinópolis, a 290 KM de Goiânia, participou do 8º Congresso Internacional de História, Arte e Literatura no Cinema, realizado em Salamanca, na Espanha, apresentando a riqueza do Cerrado e a arte goiana. Segundo ela, seu trabalho une de uma só vez artes visuais, ciências e cultura.

Obra de Marly Mendanha   (Divulgação)

Para a artista Marly Mendanha participar de uma mostra internacional é seguramente um marco positivo na carreira artística. Além do fortalecimento do intercâmbio cultural, é uma oportunidade de dar visibilidade à arte, tanto regional como nacional. Marly foi diretora e professora da Escola de Artes Plásticas Veiga Valle, na Cidade de Goiás. Nascida em Itauçu, foi morar na antiga Vila Boa aos oito anos. Foi na antiga capital que encontrou alicerces e temas para seus trabalhos artísticos, que é o seu tema principal, com suas paisagens, casarios e templos religiosos retratados constantemente. Na 14ª de Roma, a profissional leva a fotografia intitulada ‘Um Olhar no Horizonte’, que homenageia os novos originários do Brasil. A mostra na Basílica em Roma é um exemplo de como muitas igrejas da Europa têm sido cada vez mais utilizadas também como espaços para exposições de arte. Marley, lembra que as igrejas já são por si só uma obra-prima da arquitetura com fascinantes e variados estilos. .