Goiânia recebe segunda edição do Goiânia Blues Festival
Em três dias o público goiano poderá assistir gratuitamente a shows com os principais representantes do Jazz, Rock e Blues produzidos em Goiás e reconhecidos mundialmente.

A cidade de Goiânia será palco da segunda edição do Goiânia Blues Festival, que acontecerá entre os dias 19 e 21 de março, no Teatro Sesc Centro. O evento terá sete shows musicais, reunindo artistas de destaque do jazz, rock e blues instrumental. O projeto tem o patrocínio da Equatorial, por meio da Lei Goyazes – Secretaria de Estado de Cultura – Governo de Goiás, e o apoio da Harmonia Musical. Os ingressos são gratuitos e devem ser retirados um dia antes de cada show, pelo site www.sympla.com.br.
A programação tem início no dia 19 de março, às 19h30, com os improvisos e a interatividade do grupo Central do Som, formado por Fred Valle e Edilson Morais, no show Afro Brasilidades. Em seguida, às 20h30, sobe ao palco Walter Villaça e os Caboclos (Fred Valle e Carlos Foca), com um repertório baseado no álbum “OKÊ ARÔ” (2019). Um show que traduz a ideia de paz e integração entre povos.
No dia 20, o festival segue com a MPB, a World Music e o Jazz de Fabiano Chagas, às 19h30, em um show solo que remete à rica trajetória do artista. Às 20h30, é a vez da amizade musical entrar em cena, com o duo “Com a Corda Toda”, composto por Pedro Braga e Luiz Chaffin, que apresentam arranjos originais para dois violões, além de releituras e composições autorais.
O encerramento do evento acontece no dia 21 de março, com três atrações. A banda Jahz Reggae, liderada por Marcelo Maia, se apresenta às 19h. Em seguida, às 20h, Front Jr e Luiz Chaffin apresentam Som Corrente, que leva ao público uma fusão de influências musicais. A última atração do Goiânia Blues Festival será o show de André Mols, que terá início às 21h, propondo uma comunicação com o público através da música, linguagem artística que o compositor considera privilegiada e que transcende o trivial. Mols leva para o palco toda a experiência de mais de três décadas de carreira, e o pioneirismo do Blues em Goiás.
Segundo o músico e produtor Luiz Chaffin, o Goiânia Blues Festival surgiu a partir do nome de uma música composta por Pedro Braga em homenagem à capital goiana, e por isso mesmo o evento busca reunir músicos locais que representem diferentes vertentes da música instrumental, incluindo rock, pop e blues. “A ideia é difundir esse estilo e aproximá-lo do público, destacando artistas que fazem desse gênero sua principal produção cultural”, afirma Chaffin.
O produtor ainda comenta que os artistas confirmados para esta edição formam o que considera um movimento em torno desse tipo de som. Sobre os convidados, Chaffin ainda ressalta: “Todos são músicos de carreira, reconhecidos nacional e internacionalmente, e que já contam uma longa história em palcos brasileiros e estrangeiros. Mas também são músicos que representam a diversidade desse estilo, que nem sempre é evidente para a audiência”.
O Goiânia Blues Festival chega à sua segunda edição com o objetivo de proporcionar uma imersão do público no cenário da música instrumental brasileira. Um projeto que, além de mostrar a qualidade técnica e criativa de seus convidados, resgata a tradição da música instrumental brasileira e apresenta uma proposta acessível, de fácil entendimento e de grande beleza sonora.
Sobre os artistas convidados
CENTRAL DO SOM (Edilson Morais e Fred Valle): A improvisação é o núcleo deste projeto, permitindo uma conexão autêntica e dinâmica entre músicos e público. A interação gera performances vivas e imprevisíveis, conduzindo todos os participantes a uma jornada sensorial sem precedentes. No show Afro Brasilidades, o Central do Som apresentará um repertório baseado em músicas do repertório afro-brasileiro, com arranjos criados ao vivo – a marca registrada da banda. Nesta apresentação especial, o grupo conta com a participação de Sarará Santos (sax e flauta) e João Victor (sampler, synth e guitarra). Encabeçam esse projeto os músicos Fred Valle (baterista) e Edilson Morais (percussão). A contribuição de Manassés Aragão (in memorian) na criação deste trabalho também foi fundamental, deixando um legado duradouro e inspirador para todos os envolvidos.
WALTER VILLAÇA E OS CABOCLOS: Integrante do hall dos 10 melhores guitarristas do Brasil (MTV), o álbum “OKÊ ARÔ” de Walter Villaça e os Caboclos é o primeiro disco de solo instrumental de Villaça, após um longo período acompanhando artistas de renome. Os caboclos que formam o trio com Villaça são Fred Valle e Carlos Foca. Músico, arranjador e produtor musical, Walter Villaça estudou na Musiarte e UniRio, tendo tocado com Cássia Eller a maior parte de sua carreira, gravando álbuns como Violões, Veneno Antimonotonia, Veneno Vivo, Com você meu mundo ficaria completo, Rock’n Rio III, Acústico MTV, Luau MTV e Dez de Dezembro, recebendo o prêmio Sharp de Música Brasileira de melhor CD ao vivo com “Violões” e melhor show com “Veneno Vivo”. Abriu os shows de Bob Dylan e Rolling Stones (turnê Bridges to Babylon) realizados no Brasil. Participou do “PERCPAN” Festival de Música de Percussão produzido por Gilberto Gil e Naná Vasconcelos. Tocou três vezes no Rock’n Rio. Tocou e gravou com artistas como Frejat, Nando Reis, Lô Borges, Milton Nascimento, Ivan Lins, Simone, Zélia Duncan, Gabriel O Pensador, Gilberto Gil, Gal Costa, Guilherme Arantes, Gloria Gaynor, Jr. Marvin, Moska, Martinho da Vila, Mart’nalia, entre outros. Atualmente faz seu trabalho solo autoral e shows com Nando Reis.
FABIANO CHAGAS: Guitarrista e violonista que percorre a Música Popular Brasileira, o Jazz e a World Music, teve seu trabalho elogiado publicamente por Hermeto Pascoal. Participou de festivais internacionais de música instrumental, como: The days of Jazz Music/Ucrânia (2011); Basel Jazz Festival/Suíça (2012); Latin Music Festival/EUA (2015); Muganga Theater/Holanda (2016, 2018); Jazz Ahead/Alemanha (2018), Bird’s Eye Jazz Club/Suíça (2019). Em 2012 lançou seu primeiro CD solo, “Universo Híbrido“. O disco tem a participação de Toninho Horta, Rogério Caetano e Rudi Berger. Em 2018 lançou seu segundo CD solo, gravado em Goiânia, Nova York e Guent, na Bélgica. O projeto tem a participação de Anat Cohen, considerada pela crítica especializada uma das maiores clarinetistas de Jazz da atualidade. Em 2023 lançou o álbum “Salas”. Em janeiro de 2025 realizou a turnê Brasis – Rejan&Chagas Trio, em parceria com Bruno Rejan e participação do baterista Guilherme Santana. Nessa turnê realizaram shows na Holanda, Bélgica e Áustria com incentivo da Lei Paulo Gustavo.
COM A CORDA TODA (Luiz Chaffin e Pedro Braga): Este duo é a materialização de uma amizade musical de décadas, entre os músicos Pedro Braga e Luiz Chaffin. Juntos desde o início de suas trajetórias, eles têm se destacado pela originalidade de seus arranjos para dois violões e pela empatia que desenvolvem no palco. Ao todo eles têm seis álbuns gravados: Com a Corda Toda (2004); Brincadeira (2007); Retrato (2009); Solar (2012); Confluentes (2015); e Em Cantos (2018). Em 2005, se destacam no Sesc Instrumental Brasil. A carreira internacional ganhou força em 2008, com uma turnê em Portugal e apresentações na Expo Zaragoza, na Espanha. O álbum “Solar” foi pré-selecionado para o Prêmio de Música Brasileira 2012. Em 2013, o duo gravou para o programa SESC Instrumental, um dos mais importantes da música instrumental brasileira. Com um percurso consolidado na cena musical, Luiz Chaffin e Pedro Braga têm se apresentado em importantes festivais e eventos ao redor do Brasil e no exterior.
MARCELO MAIA E BANDA: O SHOW JAHZ REGGAE é composto por arranjos elaborados de músicas autorais do baixista Marcelo Maia e clássicos do reggae e do jazz. O nome vem da fusão da palavra JAH, palavra que significa Deus na cultura rastafári (reggae) e da palavra JAZZ. O Reggae ocupa lugar importante na carreira de Maia, desde a formação da Banda Mamajamma. Em 2005, quando gravou seu primeiro CD Cafundó, deixou registrada sua paixão pelo gênero, na composição do reggae Sneads e na participação vocal de Júnior Marvin (The Wailers). Já o Jazz é o estilo pelo qual Marcelo Maia é conhecido dentro e fora de Goiás. Ao todo o músico gravou cinco CDs autorais. A banda é formada por Willian Cândido (teclados), Eduardo Manzano (bateria), além de Marcelo Maia (baixo e produção musical).
FRONT JR: guitarrista, violonista, arranjador, compositor e produtor musical. Começou a tocar guitarra aos 14 anos. Seu primeiro professor foi o guitarrista Marcos Fontenelle. Participou de Workshops com mestres como Toninho Horta, Cliff Korman, Frank Gambale e Scott Henderson. Tocou com artistas goianos de renome, como Mardem e Marley, Maíra, Nila Branco, Marco Antonini, Odair José, Lindomar Castilho,, entre outros. Se apresentou em vários Festivais, destacando a Festa MTV – 10 horas de Rock e as Festas In – Interativa. Por oito anos tocou com Gusttavo Lima (2009 a 2017), em shows no Brasil, em nove turnês nos EUA e três turnês pela Europa, além de Programas de Tv omo Domingão do Faustão, Caldeirão do Huck, Encontro com Fátima Bernardes, Altas Horas e BBB 13. Atualmente, toca com Sérgio Britto (Titãs). Recentemente lançou seu primeiro trabalho instrumental, chamado “Grooversando”, e, ao lado de Luíz Chafin, o álbum “Som corrente”.
ANDRÉ MOLS: No contexto da reflexão acerca do que é “ser” artista, André Mols busca exercer a possibilidade da comunicação através da música enquanto linguagem privilegiada, que transcende o trivial. Esta tem sido a marca do pioneiro do blues em Goiás que, entre outras coisas, produz e apresenta o programa semanal BLUES BOX, pela Rádio Executiva FM em Goiânia, há quase 10 anos. André Mols é autodidata, e tem atuação marcante na cena musical goiana há mais de 30 anos. Se interessou pelo Blues no fim dos anos 80 e formou a The Not Yet Famous Blues Band (TNY) em 1992, primeira banda de blues rock do Centro-Oeste brasileiro, que comemora 33 anos de carreira em 2025, contando com 8 CDs lançados, todos trazendo composições próprias de Mols.