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Goiânia apresenta valorização de imóveis acima da média nacional, aponta FipeZap

Goiânia foi uma das capitais que mais teve valorização no preço de imóveis em 2019. De acordo com o índice FipeZap de dezembro, a capital goiana apresentou uma variação anual de 0,73%, superior à média nacional, que não apresentou variação no mesmo período. Entre as 16 capitais avaliadas pela pesquisa, Goiânia foi a sexta com maior valorização, atrás apenas de Manaus (3,61%), Vitória (3,57%), Florianópolis (3,31%), São Paulo (2,26%) e Salvador (1,08%). 

Apesar da valorização, Goiânia ainda apresenta o segundo menor valor médio de venda residencial entre as capitais no Brasil. Com valor médio de R$ 4.211/m², a capital goiana fica atrás apenas de Campo Grande, que chega a R$ 4.165/m². Rio de Janeiro (R$ 9.331/m²) e São Paulo (R$ 9.015/m²) seguem sendo as capitais com o preço médio de venda mais elevado do país.

Apesar do bom cenário para quem compra, o engenheiro civil e diretor comercial da Sim Engenharia, Paulo Silas, alerta para possíveis mudanças no setor imobiliário nos próximos meses. “Aconteceram vários lançamentos em Goiânia nos últimos anos e a demanda ainda continuou baixa. Este é o melhor momento para o cliente comprar”, destaca o incorporador. “Quando a economia reaquecer e os clientes começarem a aproveitar mais a baixa taxa de juros, a tendência é de que os imóveis passarão por novas valorizações, recuperando um pouco o valor do metro quadrado perdido com a grave crise vivida pelo setor imobiliário. Acredito que isso possa acontecer em até quatro ou cinco meses”, projeta o empresário.

Além de Goiânia apresentar o segundo menor valor médio de venda residencial entre as capitais, a notícia dada em dezembro sobre a quarta queda seguida da taxa básica de juros (Selic) de 5% para 4,5% ao ano também animou o mercado imobiliário. A queda da taxa Selic atinge diretamente as taxas de juros das instituições financeiras. Atualmente, a menor é oferecida pela Caixa, com 6,5% ao ano.

Outra iniciativa para atrair clientes é o aumento do limite de financiamento imobiliário praticado por algumas instituições financeiras. O banco Santander anunciou ainda no início deste mês a ampliação desse limite para 90% do valor. Antes, chegava a 80%. O financiamento é por tempo limitado e com utilização do Sistema de Amortização Constante (SAC). Nessa categoria, os valores das parcelas diminuem ao longo do tempo. O novo limite não vale para a linha pró-cotista.

Segundo o FipeZap, Goiânia ainda apresentou um recuo de 0,02% nos preços no mês de dezembro. Os bairros com o preço médio mais alto da capital são Marista (R$ 5.799/m²) e Jardim Goiás (R$ 5.299/m²). Já o setor Central (R$ 2.621/m²), Vila Regina e Parque Industrial (R$ 2.942/m²) possuem os preços médios mais baixos.

Os números apresentados pela FipeZap mostram que o último mês de 2019 apresentou estabilidade no país em relação a novembro, com  queda real no preço de imóveis de 0,99%. O balanço anual também se mostrou estável, apresentando queda real de 3,97% nos últimos 12 meses.

Dicas de compra

De acordo com o gestor comercial da Consciente Construtora e Incorporadora, Leandro Silva, a inflação controlada também é um indicativo para que as pessoas voltem a ter mais confiança na hora de adquirir um imóvel. Segundo o Boletim Focus, a previsão é de que a inflação seja de 3,58% para o final de 2020. “Isso, juntamente com taxas menores, que eram em torno de 11% ao ano e, hoje, podem chegar a 6,7% ao ano, a tranquilidade para adquirir um imóvel é maior e isso impulsiona as vendas, o que consequentemente, movimenta o mercado imobiliário”, explica.

Leandro também acredita que o aumento dos valores dos imóveis possa seguir nos próximos meses. “Além do preço, o mercado econômico está facilitando a liberação de crédito para aquisição do imóvel pronto, isso torna esse o momento ideal para compra, já que com o aquecimento imobiliário e a alta procura a tendência é que os preços comecem a subir gradativamente”, destaca o gestor.

Ele ainda destaca que ser curioso, conhecer os limites financeiros, buscar orientação de profissionais da área e ter um olhar de investidor podem ser grandes diferenciais na hora da compra. “O cliente deve fazer pesquisa e ver se as proximidades têm potencial de crescimento, se conta com opções que possam facilitar o dia a dia como supermercado, farmácia, escola, clínica, praça e parques”, sugere Leandro.

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