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Gerson Fogaça expõe “Na Curva do Tempo” no Centro Cultural Lecrác de Palência, na Espanha

A exposição poderá ser visitada até o dia 8 de dezembro de 2025, sendo que a inauguração oficial acontece nesta terça-feira, 18, com a presença do artista goiano

A exposição “Na Curva do Tempo” é composta pela mais recente produção do artista Gerson Fogaça. A proposta é convidar o público a uma reflexão sobre o tempo, a memória e o gesto na pintura contemporânea. Cada obra se apresenta como uma arqueologia do gesto: fragmentos urbanos que emergem, desaparecem e ressurgem sob novas luzes e camadas de memória.

O título da mostra remete ao pensamento do filósofo Gilles Deleuze, em torno da curva como metáfora do tempo e da transformação. A exposição integra o programa cultural que celebra a irmandade entre Palência e Rio de Janeiro, unidas simbolicamente pelos monumentos Cristo del Otero e Cristo Redentor. Com este projeto, Fogaça reafirma o papel da arte como linguagem universal capaz de criar pontes entre territórios, sensibilidades e tempos.

Segundo o artista goiano, o resultado desse trabalho é um processo contínuo, que nasce da observação diária das ruas e do impacto que elas causam nas pessoas. “Minha obra é uma representação real do absurdo: a relação do homem com a cidade, essa metamorfose nevrálgica e constante. Acredito que isso provoca, em qualquer lugar, uma sensação de identificação — e, muitas vezes, de desconforto e resignação”.

Gerson Fogaça já realizou exposições na Espanha em outras oportunidades. “É uma terra marcada por Juan Miró, Picasso, Dalí e tantos outros artistas geniais. Sempre existe uma expectativa nesse encontro de culturas. Mas meu trabalho fala de um tema universal: o cotidiano. Enfrentamos os mesmos problemas de estresse e sufocamento para viver nesse manicômio, que são as grandes metrópoles do mundo”, explica.

Para a curadora Dayalis González, Fogaça transforma o espaço pictórico em um território onde linhas e cores se entrelaçam, construindo uma experiência sensorial do movimento, do fluxo e do devir. “Não se trata de representar a cidade, mas de habitá-la através da pintura: deixar-se atravessar por seus ruídos, deslocamentos e camadas de história”.

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