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Decisão Judicial Divide Avó entre Netos Presos na Papuda: Debate sobre Direitos e Segurança

Uma decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) gerou polêmica ao determinar que uma idosa, Maria Laerte da Conceição, terá que escolher entre visitar um de seus netos presos no Complexo Penitenciário da Papuda. A medida, embora respaldada por questões de segurança, levanta debates sobre direitos individuais e familiares em conflito com as políticas de controle do sistema penitenciário

Uma decisão judicial recente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) provocou debates intensos ao determinar que Maria Laerte da Conceição, uma idosa residente no Distrito Federal, terá que optar por visitar apenas um de seus netos, ambos detidos no Complexo Penitenciário da Papuda.

 

A situação delicada surgiu após um dos netos de Maria, que já era visitado por ela desde fevereiro de 2022, ser acompanhado pelo outro neto na condição de detento, em fevereiro deste ano, devido a uma condenação judicial. O pedido da avó para visitar ambos os netos foi negado com base em uma portaria que restringe a visitação a mais de um detento, exceto nos casos de pai ou mãe.

 

O juiz Bruno Aielo Macacari, responsável pela decisão, justificou o veto com base na necessidade de impedir a comunicação entre visitantes e grupos criminosos que operam dentro da Papuda. Segundo ele, a restrição visa preservar a ordem, segurança e disciplina nos presídios, bem como combater o fortalecimento de facções criminosas.

 

No entanto, a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) contesta a medida, classificando-a como arbitrária e cruel. Para a DPDF, a restrição ao direito de visitas é excessivamente gravosa, pois impede o contato entre irmãos, podendo causar danos emocionais e psicológicos aos envolvidos, o que pode prejudicar a ressocialização do apenado.

 

O caso levanta importantes questões sobre os limites entre os direitos individuais e a segurança pública, bem como sobre o papel do sistema judicial na proteção dos direitos humanos e familiares. Enquanto algumas medidas são adotadas visando à segurança das instituições carcerárias, é necessário considerar o impacto humano dessas decisões e buscar um equilíbrio que preserve tanto a segurança quanto os direitos fundamentais dos indivíduos envolvidos.

 

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