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Darrot tenta esconder passado com Marconi, mas sem romper com tucanos

 

Jânio Darrot tem sido visto como um potencial candidato ao governo de Goiás em 2022 pelas mãos do marconismo.
Em fevereiro, o PSDB se reuniu com a presença de Marconi Perillo e comunicou oficialmente que Darrot seria candidato ao governo.
Mas ocorreu uma mudança de estratégia entre fevereiro e março: Darrot saiu do PSDB, o partido que presidia.
Nos bastidores se fala que sua saída do PSDB na última semana foi mais uma jogada ‘esperta’, um segundo capítulo, ao que se sucedeu em Trindade, quando proibiu seu candidato de disputar as eleições pelo PSDB.
Sinônimo de corrupção, com o maior número de políticos já presos na história de Goiás, o PSDB tornou-se um “produto” abandonado nas prateleiras da política.
O partido definhou nas mãos do grupo de Marconi Perillo e restou a Darrot articular uma candidatura ‘laranja’ em Trindade pelo Patriota.
A estratégia foi apenas mudar a bandeira e seguir na disputa. Articulado com personalidades importantes, como padre Robson e Marconi, ele conseguiu virar a eleição na cidade e provou que estava certo: esconder o ex-governador e o PSDB deu a vitória ao grupo no município.
Agora a estratégia é colocar tudo isso em prática no Estado. É o segundo capítulo em marcha: esconder o marconismo e a sua origem política e bradar que é um político sem amarras com políticos presos e envolvidos em escândalos.
A deixa disso tudo está numa afirmação de Darrot para o “Jornal Opção” no início de março: “O PSDB não precisa ser sempre o protagonista”.
Ou seja, tudo leva a crer que, após um rearranjo com o Patriota de Darrot, o PSDB não será protagonista em 2022.
Pode ser que o partido fique escondido estrategicamente, já que sua imagem é negativa para a sociedade.

Gestão denunciada
A gestão tucana em Trindade, comandada por Darrot, acumula uma série de denúncias, críticas e processos que culminaram com o escândalo envolvendo políticos locais e padre Robson. O fato por si só já abalou Trindade e coloca em risco uma das festas populares mais importantes de Goiás, a Festa de Trindade. Turismo e segmento empreendedor enfrentam agora o peso do escândalo, com a queda das visitas ao município.
Antes de sair da prefeitura, Darrot foi enquadrado pelo Ministério Público e Defensoria Pública do Estado. Outras ações estão em curso. Em 2019, por exemplo, auxiliares de Darrot foram alvo de operação do Ministério Público que acusaram improbidade administrativa, quando a Justiça decretou bloqueio de bens do secretário de Infraestrutura. O mesmo auxiliar de Darrot questionado pela Justiça permanece na atual estrutura do prefeito Marden Júnior (Patriota).
Em agosto do ano passado, Darrot foi personagem de ampla reportagem do programa “Fantástico”, da rede Globo, em que aparecia nos “negócios” da Associação dos Filhos do Pai Eterno (Afipe), a entidade usada por padre Robson para a práticas pouco religiosas.
A reportagem mostrou que Jânio Darrot seria um dos principais beneficiários de repasses da Afipe. Segundo a Polícia Civil e o programa, ele recebeu transferências da entidade liderada por padre Robson, de acordo com as investigações, de quase R$ 4,5 milhões. E uma empresa dele, a JCF Participações Limitada, recebeu cerca de R$ 9 milhões.
Como todos denunciados, Darrot se defendeu: disse que a venda é originária de um imóvel. O pagamento, segundo ele, foi registrado de forma transparente, “mediante transferências bancárias entre a conta da pessoa física e jurídica”.

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