Covid-19: Busca por UTI aérea volta a crescer e revela segunda onda
Depois de três meses em queda acentuada nas operações dedicadas ao transporte aeromédico de pacientes com Covid-19, a Brasil Vida Táxi Aéreo identificou novo salto nas contratações de UTI aérea para enfermos com este diagnóstico. De outubro para novembro, houve aumento de 33% no volume de voos com pacientes infectados com o novo coronavírus. Julho ainda mantém como o mês recorde nas operações deste tipo. Os meses seguintes tiveram recuo considerável.
Os destinos são, geralmente, hospitais especializados nas principais capitais brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro. Levantamento da Brasil Vida Táxi Aéreo, empresa goiana que atua em missões em todo o Brasil e também no exterior, aponta julho como o mês de maior demanda, com 49,69% de toda operação dedicada à pacientes com Covid-19. Em novembro, um terço das missões foram com diagnóstico positivo para o novo coronavírus.
Em março, quando a doença começava a se espalhar, a empresa transportou 11 pacientes com diagnóstico positivo para a doença, o que representou apenas 8% dos voos realizados. Entre o final de março e início de abril realizou cinco operações de repatriação no Chile, quando um cruzeiro de luxo precisou ser quarentenado em Puerto Montt. “Foram missões intensas, densas e cautelosas, que escancaram o extremo profissionalismo de toda a equipe. A honra por estarmos à frente, prestando um serviço essencial à sociedade e levando tranquilidade ao paciente e acompanhante nos enche de força, de gratidão e de certeza da nossa trajetória”, explica o Coordenador Aeromédico da Brasil Vida, Ramon Mesquita.
A partir de maio, as missões com pacientes infectados com a doença seguiram tendência de crescimento, partindo de 136 voos no mês citado para 158 em julho. Para atender a demanda, a empresa envolveu as seis bases operacionais nos estados de Goiás, São Paulo, Bahia, Tocantins e Pará, que sedia unidades da empresa em Belém e Santarém. “Foram várias aeronaves e equipes envolvidas no processo. Sem dúvida, realizamos uma operação de altíssima complexidade, marcando a história do transporte aeromédico no mundo. Ficamos extremamente satisfeitos de, neste momento de crise, prestar um atendimento médico humanizado e ágil para aquelas pessoas quem luta pela vida”, explica a Gerente de Logística de Voo, Dóris Pontes.
Apesar de o volume de voos mostrar redução a partir de agosto, a empresa segue atenta ao ritmo da doença no Brasil e nos países da Europa que iniciaram a chamada segunda onda de infecção. “Nosso desejo é que o mundo fique livre desta doença que trouxe dor a 166 mil famílias brasileiras e a outras milhares mundo afora. Nessa época de incertezas, assumimos a missão de contribuir com o nosso trabalho, levando esperança aos lugares mais remotos do nosso país. Esta é a nossa essência e vamos continuar sempre prontos para salvar quantas vidas nós pudermos”, enfatiza o Diretor Arédio Júnior.
A Brasil Vida foi uma das primeiras empresas do segmento a implementar protocolos sanitários e treinar a equipe para realizar as missões com segurança mediante o uso de todos os equipamentos de proteção individual (EPIs), dentre eles o macacão impermeável, óculos faceshield, máscara própria, luvas de procedimento dupla e botas especiais, de modo a seguir criteriosamente os protocolos brasileiros e internacionais da Organização Mundial de Saúde.