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Baixa adesão às campanhas aumenta incidência de câncer entre mulheres

Consultas de rotina e acompanhamento são imprescindíveis para a prevenção e o diagnóstico precoce da doença

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), para este ano de 2023, a estimativa é que surjam 7.780 novos casos de câncer em mulheres goianas, exceto câncer de pele não melanoma, do total de 244.160 casos no País. Ainda segundo dados da publicação que apresenta a estimativa de incidências novas de câncer para o triênio 2023-2025, os três principais tipos de neoplasias entre as mulheres em Goiás são mama, com previsão de 1.970 novas incidências, ginecológico (somatório dos tipos: colo do útero – 660, corpo do útero – 240 e ovário – 180) e cólon e reto, com 560 casos previstos em mulheres.

Mama – Conforme explica o médico oncologista clínico, Gabriel Felipe Santiago, do Centro de Oncologia IHG, excluindo os casos de câncer de pele não melanoma, a mama é alvo de quase três entre 10 (29%) tumores malignos diagnosticados nas mulheres, no Brasil. “O estilo de vida é determinante para o aumento da incidência da doença. Atualmente, as mulheres têm menos filhos e a primeira gestação mais tardia. Com isso, amamentam menos e menstruam mais, sendo mais expostas ao estímulo hormonal. Há também outros fatores, como obesidade, sedentarismo, uso de álcool e alimentos ultraprocessados, que também elevam a chance de desenvolver alguns tipos de câncer”, esclarece o oncologista.

Mulheres e tipos de cânceres ginecológicos – O câncer de colo do útero, também conhecido como câncer cervical, é o tumor ginecológico mais comum no Brasil. O fator causal, em grande parte dos casos (sete em cada dez), é o vírus HPV (papilomavírus humano), principalmente dos sorotipos 16 e 18, para os quais há vacina na rede pública. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 17.010 novos casos no Brasil para 2023.

Este tipo de doença se origina, na maioria dos casos, de uma infecção genital persistente causada por alguns tipos do HPV que em alguns casos pode evoluir para o câncer. As mulheres com mais de 25 anos são as mais afetadas “A infecção pode ser descoberta facilmente por meio do exame, e é curável na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica do exame preventivo”, afirma a médica ginecologista oncológica, Nayara Portilho Araújo, da equipe do Centro de Oncologia IHG. Ela acrescenta que apesar da eficácia da vacina, é baixa a adesão às campanhas.

O corpo do útero, porção superior ao colo chamada endométrio, também é alvo comum de neoplasia entre as mulheres, ou seja, o câncer pode se desenvolver tanto no colo do útero como no corpo do útero, o endométrio. “Este tipo de câncer é decorrente do espessamento dessa camada por hiperplasia, isto é, crescimento celular anormal, na sua grande maioria por estímulo hormonal anormal”, descreve Nayara Portilho. Acomete principalmente mulheres após a menopausa, em geral acima dos 60 anos. Apenas 20%, ou menos, das mulheres com câncer de endométrio estão na fase de pré-menopausa. Menos de 5% estão abaixo dos 40 anos de idade. “É um tumor altamente curável na maioria das mulheres”, ressalta a ginecologista.

O câncer de ovário é bastante complicado de ser diagnosticado e o mais letal entre os cânceres ginecológicos. Pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas acomete principalmente mulheres acima de 40 anos. Os sintomas costumam surgir quando estão em estágios mais avançados, por isso é importante consulta de rotina com o ginecologista. O histórico familiar é o fator relevante (10% dos casos).

Reto – O câncer colorretal abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso, compreendidos pelo cólon e reto. Considerado o segundo mais frequente entre as mulheres após o câncer de mama. O diagnóstico do câncer de intestino é feito a partir de um exame clínico e físico, além de exames de imagem como colonoscopia e exames de sangue. “Pessoas acima de 50 anos devem realizar o exame de colonoscopia, independente se apresentam sintomas ou não”, adverte Gabriel Santiago.

Centro de Oncologia IHG – Além do sistema público de saúde, o privado também tem se reestruturado para atender a população, investindo em tecnologia, novos tratamentos, profissionais e infraestrutura, é o caso do Centro de Oncologia IHG, com sede em Goiânia.

Preocupado com o acesso da população aos tratamentos, a instituição não tem medido esforços para ampliar suas áreas de atendimento, por isso tem investido em expansão. Com filial em Aparecida de Goiânia, o centro expande suas instalações também para as cidades de Luziânia, onde firma parceria com o Hospital Santa Luzia, e Caldas Novas, tendo ações em cooperação com o Hospital Nossa Senhora Aparecida.

O Centro de Oncologia IHG irá oferecer consultas e terapias para pacientes oncológicos, com atendimento de consultório e tratamentos em quimioterapia, imunoterapia e hormonioterapia em Luziânia e Caldas Novas. O acesso ao serviço poderá ser realizado tanto da forma particular quanto pelos planos de saúde, entre eles Unimed e Ipasgo.

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