Por Vadir Faria*
A escola é um lugar em que os estudantes aprendem muito mais do que apenas o conteúdo obrigatório. É onde passam boa parte do dia e, consequentemente, se desenvolvem e aprendem sobre si mesmos e sobre o mundo. Diante dessa realidade, não dá para ignorar a responsabilidade da instituição de ensino de formar cidadãos conscientes e críticos. Como profissionais da educação devemos olhar além das melhores colocações nos vestibulares, ensinando nossos alunos a irem além do diploma, da nota por si só. E isso só é possível fornecendo condições de protagonismo ao aluno – desde o momento em que entra na escola pela primeira vez.
A ideia é que o estudante assuma uma posição mais ativa no próprio processo de aprendizado e desenvolva habilidades socioemocionais enquanto aprende o conteúdo das disciplinas. Acreditamos que o ensino é uma via de mão dupla. Afinal, todos têm a ensinar e a aprender. Os professores precisam estar prontos a ouvir e, mais do que isso, usar metodologias que incentivem o debate, o pensamento crítico e estimule os estudantes a aplicarem os conteúdos, inclusive em situações corriqueiras.
Ou seja, dia após dia, estão à frente de um processo de desenvolvimento de competências que tornem os alunos mais propositivos e capazes de lidar globalmente com os desafios de uma sociedade cada vez mais complexa. Nesse processo, pensamento crítico é fundamental assim como estimular a curiosidade científica, liberdade de expressão e outros valores que formam cidadãos conscientes. Dito assim, parece uma missão relativamente simples, mas não é o que a prática aponta.
A última edição do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), tradução de Programme for International Student Assessment, realizada em 2018 Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), coloca o Brasil em 66º lugar em um ranking com 79 países participantes. O estudo avalia três domínios – Leitura, Matemática e Ciências – e oferece informações sobre o desempenho dos estudantes na faixa etária dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países. A prioridade é compreender não só se os jovens podem reproduzir o que aprenderam, mas, principalmente, como conseguem extrapolar a partir do que sabem e aplicar os seus conhecimentos de forma criativa em diferentes contextos.
Assustadoramente, no último PISA, só metade dos brasileiros de 15 anos chegou ao nível considerado básico em Leitura – condição mínima para participar de uma vida social, econômica e cívica. Lá no topo estão países como Finlândia, Estônia, Coreia do Sul e Singapura. Não por acaso, as respostas sobre como melhorar a educação foram sendo apresentadas ao longo das últimas décadas por essas nações. Resumidamente, isso passa por investimentos em valorização de professores, alunos por mais tempo na escola, entender a importância da educação na primeira infância, além, é claro, de excelente infraestrutura.
E nós sabemos que o Brasil como um todo é capaz de alcançar padrões de excelência. Nossa instituição de ensino acaba de participar de uma variação do PISA, o PISA para Escolas, também realizado pela OCDE usando a mesma metodologia da avaliação global. O resultado nos colocou entre as principais referências mundiais. Se fosse um país, o Simbios figuraria em 3º lugar no ranking do PISA global, com 542 pontos, à frente de nações como Japão, Estados Unidos e Dinamarca.
Nosso objetivo é sempre melhorar, continuar investindo tempo, conhecimento e ações no desenvolvimento dos nossos alunos. Somos rigorosos sim com o aprendizado dos conteúdos programáticos, mas jamais deixaremos de lado o incentivo à capacidade de interpretar, avaliar e propor resoluções e alternativas. Afinal, temos um projeto pedagógico sólido e humanístico que prioriza o foco no conteúdo, ao mesmo tempo em que prevê o desenvolvimento de competências socioemocionais. Soma-se a isso, ferramentas que estimulem habilidades de relacionamento, autocontrole e responsabilidade na tomada de decisões. O resultado é um processo de aprendizado sistematizado e dinâmico durante as aulas, em que os alunos têm voz ativa no próprio aprendizado.
Assessoria de Imprensa Colégio Simbios