Internacional

Deneuve se mantém firme: linchamento midiático não

Em texto publicado no ‘site’ do Libération, a atriz francesa Catherine Deneuve reafirmou as razões de ter assinado, na semana passada, no Le Monde, conjuntamente com mais 99 outras personalidades, uma carta aberta em que se lê que os homens estão sendo injustamente alvo de acusações de má conduta sexual e devem os mesmos ser livres para importunar as mulheres.

A carta reflete o clima de discussão que se vive na França sobre as acusações generalizadas de má conduta sexual sistemática por homens poderosos, que decorreram em vários países nos últimos meses.

Nada no texto afirma que o assédio é bom, caso contrário, eu não teria assinado (…) “Sim, eu amo a liberdade. Não gosto desta característica do nosso tempo em que qualquer um se sente no direito de julgar, de arbitrar, de condenar. Um tempo em que uma simples denúncia nas redes sociais gera punição, demissão e por vezes leva ao linchamento midiático”, escreveu  Catherine Deneuve.

No texto, a atriz continua firme: “Aos conservadores, racistas e tradicionalistas, de todos os tipos e que estrategicamente me vieram apoiar, gostaria de lhes dizer que não me enganam. Eles não terão nem a minha gratidão nem a minha amizade, pelo contrário. Sou uma mulher livre e continuarei assim”.

Na declaração escrita divulgada pelo Libération, Deneuve recorda que é atriz desde os 17 anos. “Poderia dizer que me chegaram histórias de situações mais do que delicadas e que sei de outras atrizes que sofreram nas mãos de  abusaram dos seus poderes. Simplesmente, não serei eu a falar em nome delas”.

No final, Catherine Deneuve pede desculpa a “todas as vítimas de atos odiosos que possam ter se sentido agredidas” por sua carta.

Por outro lado, as ativistas francesas de direitos das mulheres criticaram a carta aberta assinada pela atriz Catherine Deneuve e outras personalidades.

Em um texto publicado no site Franceinfotv, a feminista Caroline De Haas e mais de 30 ativistas criticaram fortemente a carta.

As ativistas afirmam que Catherine Deneuve e as outras signatárias da carta  estão usando exposição dos meios de comunicação para que a violência sexual pareça “normal”.

Catherine Deneuve está entre cerca de 100 artistas, estudiosas e outras personalidades que assinaram uma carta aberta, publicada na terça-feira, dizendo que o “protesto legítimo contra a violência sexual” decorrente do escândalo do produtor de cinema Harvey Weinstein, nos Estados Unidos, foi longe demais e ameaça as liberdades sexuais conquistadas.

Na carta, Catherine Deneuve e outras francesas  famosas dizem que os homens estão a ser injustamente alvo de acusações de má conduta sexual e devem ser livres para “importunar” as mulheres.

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