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Saiba quem é o ex-assessor da Câmara de Goiânia procurado por lavar dinheiro do PCC

A investigação faz parte da Operação Chiusura, deflagrada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado

Um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo uma facção criminosa de atuação nacional foi desmantelado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesta sexta-feira (28/3). Entre os investigados está Victor Hugo Barbosa da Silva, ex-assessor da Câmara Municipal de Goiânia, de apenas 21 anos, apontado como integrante do “Núcleo Goiás” do grupo criminoso. Ele é procurado por supostamente integrar um esquema de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas.

A investigação faz parte da Operação Chiusura, deflagrada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), com apoio das policiais civis de diversos estados e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Mandados foram cumpridos em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Luziânia, Formosa e Águas Lindas, além de outras regiões do país.

Investigado já foi assessor parlamentar

As investigações apontam que Victor Hugo Barbosa da Silva foi nomeado assessor parlamentar na Câmara de Goiânia aos 19 anos, mesmo sem experiência prévia no serviço público. O vínculo dele com o Poder Legislativo local levanta questões sobre como facções criminosas podem se infiltrar em instituições públicas para dar aparência de legalidade a seus atos.

A PCDF segue em busca do paradeiro de Victor Hugo e de outros envolvidos no esquema. A investigação deve continuar nos próximos meses para aprofundar as conexões entre os investigados e outros possíveis cúmplices.

A população pode colaborar com informações anônimas por meio dos canais oficiais da Polícia Civil.

Milhões movimentados e uma vida de luxo

Segundo a PCDF, Victor Hugo, seu pai e sua madrasta movimentaram valores milionários, chegando a aproximadamente R$ 300 milhões em uma única conta bancária. O grupo utilizava duas empresas sediadas em Trindade (GO) para dar aparência de legalidade ao dinheiro. Uma delas, a Barbosa Transportes, atuava no setor de cargas, enquanto a Flávio Auto Peças operava no comércio de peças automotivas, sendo aberta com documentos falsos.

A investigação também resultou no sequestro judicial de 17 veículos e sete imóveis, incluindo uma residência de alto padrão em um condomínio fechado no estado de Goiás. O grupo ostentava uma vida de luxo, financiada pelos valores oriundos do tráfico de drogas interestadual.

Ligados ao crime organizado

O esquema possuía ramificações em vários estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Alagoas. Em Campo Grande (MS), a investigação revelou vínculos do grupo com Thiago Gabriel Martins da Silva, conhecido como “Especialista”, membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e atualmente preso na Bolívia. Familiares do “Especialista” eram usados como testas de ferro para lavar dinheiro do tráfico de drogas.

No Rio Grande do Norte, um dos integrantes do grupo criminoso possuía uma pousada, utilizada para movimentação de dinheiro ilegal. Em Maceió (AL), outro suspeito levava uma vida luxuosa em um apartamento de alto padrão localizado na região de Ponta Verde.

A estrutura criminosa era comparada, internamente, ao cartel mexicano “Sinaloa”, dada sua capacidade de movimentar grandes somas e manter operações sofisticadas em múltiplas regiões do país.

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