Cultura

Orquestra Sinfônica de Goiânia transforma vidas por meio da música

“Não consigo imaginar a minha vida sem a música. Ela é o meu ar! A música transformou a minha vida e foi por meio dela que conheci lugares, pessoas e personalidades que jamais imaginei que poderia conhecer”. As palavras são do músico Thierry de Lucas, violinista spalla na Orquestra Sinfônica de Goiânia. Ele conta que sua vida sempre foi rodeada por música e que o avô toca violão clássico, o que sempre o inspirou. “O mais interessante da música é que não precisamos de muito para ser feliz. A gente vive por um suspiro, um momento, vive por um sentimento e nada paga a emoção e o conhecimento”, afirma.

Thierry tem orgulho em dizer que integra a Orquestra Sinfônica de Goiânia, mantida e administrada pela gestão municipal. Para ele, uma organização que tem um papel social, cultural e educacional de grande importância na vida de muitos, que assim como ele, são inspirados diariamente pela música. “Uma orquestra como a nossa é um exemplo de sociedade onde todos têm suas funções completamente diferentes, mas trabalham em prol de um conjunto. Além disso, traz para as pessoas um alívio, que só quem vive pode experimentar. A música de concerto tem uma característica muito interessante que só ela tem: um silêncio ensurdecedor entre a última nota e o primeiro aplauso. Não existe outro gênero musical que tenha isso. Fazemos rock, vários tipos de ritmos, mas só na música de concerto temos esse silêncio de reflexão, de pensamento e, para mim, é também de gratidão”, conclui.

Criada em 1993, pelo maestro Joaquim Jayme e composta atualmente por 75 músicos e um coro de 48 vozes, a Orquestra Sinfônica de Goiânia realiza um trabalho artístico-cultural e faz da música um meio de lazer, um instrumento de cultura, promoção da cidadania e profissionalização para jovens e adultos que seguem carreira musical, assim como o Francisco Daniel Arruda Ribeiro Vasconcelos. Ele toca contrabaixo e integra a Orquestra, também com muito orgulho, há pouco mais de um ano. “Eu dava aula em João Pessoa (PB) e tinha contato com outros músicos amigos pelo Brasil a fora. Então, fiquei sabendo que teria aqui em Goiânia uma oitiva. Fiquei curioso, porque sempre me falaram bem da cidade. Então, eu fiz a prova e tive a sorte de passar. Fui aceito!”, lembra.

Chico, como é carinhosamente chamado pelos parceiros da Orquestra, conta que o que ele mais gosta é o repertório variado, a maneira de como todos trabalham juntos e as oportunidades que a orquestra dá para pessoas que moram na periferia. “Tocamos em vários lugares em que as pessoas não têm condições de pagar para assistir a um concerto. Nós chegamos e quebramos essa barreira. Mas também tocamos em grandes lugares aqui em Goiânia.”

O contrabaixista afirma que é uma questão de identificação entre ele e a orquestra. “Eu venho da periferia, por isso me identifico muito. Foi lá que um projeto abriu portas para muita gente, inclusive pra mim, que não tinha acesso algum. Eu vi como era a música erudita e que para tocar mal, tem que estudar muito e ter muita perseverança. Não é necessário ter talento, mas dedicação, Foi o que eu tive e estou aqui hoje. O contrabaixo expressa o que eu sinto quando toco. Ele é a minha voz”, relata.

Para os jovens que desejam começar a carreira, Chico dá um conselho: “Que queiram conhecer a música, procurem um professor, e, além disso, tenham muita força de vontade. No começo pode parecer muito difícil, mas o pouco que se aprende no começo lá na frente é muito importante. Ter uma base de formação é muito importante para o futuro. Aqui e Goiânia temos orquestras jovens com bons professores, além de escolas do Poder Público, que são muito boas”.

Paixão por Goiânia 

Quem também tem história boa para contar e carrega no peito a satisfação em fazer parte da Orquestra Sinfônica de Goiânia é o Nilson Magalhães. Ele é de Fortaleza (CE) e foi convidado para vir à Goiânia, onde mora há mais de 20 anos. “Me apaixonei pela cidade, pela educação das pessoas, pela cultura e qualidade de vida. Formei minha família e estou criando meus filhos aqui. Minha carreira na música começou lá no Ceará, toquei em Brasília também, mas estou muito feliz aqui.”

Segundo o músico, muitos momentos marcaram sua trajetória na orquestra, mas um foi mais especial. “Eu tive a oportunidade de trabalhar com grandes maestros, mas o Joaquim Jayme me marcou bastante. Infelizmente ele faleceu, mas eu tive a sorte de tocar com ele e o filho dele que toca na orquestra com a gente e me presenteou com a batuta do maestro. Eu tenho essa honra de ter a batuta dele, um grande nome da música erudita de Goiás, de Goiânia. Isso me agregou e me incentivou muito. Guardo com muito carinho”, afirmou.

Quem quiser ingressar na Orquestra Sinfônica de Goiânia deve passar por oitiva técnica e análise curricular quando houver divulgação de inscrições abertas. Para mais informações, podem procurar a sede localizada no Condomínio Edifício Parthenon Center, na Rua 4,  sala 904 – St. Central. Telefone: 3524-2860.

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