Caldas Novas quer ser pioneira: taxa para respirar o ar da cidade pode ser o próximo passo

Imagine chegar a Caldas Novas, famoso destino turístico das águas termais, e ser recebido não só com o calor das piscinas naturais, mas também com uma “quentinha” na carteira. Pois é, o prefeito Kleber Marra decidiu inovar e enviou à Câmara Municipal um projeto de lei para instituir a Taxa de Preservação Ambiental (TPA), destinada exclusivamente aos veículos de turistas. E vejam só, os vereadores aprovaram! 

A cobrança será feita a cada 24 horas. Os valores? R$ 36,50 para carros de passeio e R$ 54,50 para veículos utilitários. Uma pechincha para quem quer contribuir com a “preservação ambiental” enquanto estaciona em frente ao hotel. E claro, porque nada mais ecológico do que taxar turistas enquanto a cidade convive com outros problemas ambientais visivelmente ignorados.

A ideia parece tão vanguardista que faz a gente imaginar Paris cobrando dos visitantes para ver a Torre Eiffel ou a Disney mandando Mickey e Pateta passar o 

chapéu na entrada. Se Roma começasse a taxar turistas por “degradar” o Coliseu, talvez Caldas Novas pudesse exportar essa brilhante ideia de transformar visitantes em patrocinadores compulsórios.

A justificativa é, como sempre, a “preservação ambiental”. Afinal, quem mais senão os turistas pode ser culpado por qualquer impacto ambiental na cidade? Que venham com seu dinheiro em mãos, enquanto os moradores e empreendimentos locais continuam com suas práticas diárias – livres de taxas, claro.

O mais curioso é que o projeto surge justamente em uma cidade que já sofre com trânsito caótico durante a alta temporada. Agora, além de enfrentar filas para chegar às piscinas, os turistas poderão se divertir tentando entender a cobrança. Fica a dúvida: e se o visitante entrar de carona, ele paga meia taxa?