Agronegócio
Goiás já é o terceiro maior produtor de borracha do país
O Governo de Goiás está apoiando a expansão do setor produtivo da borracha no interior do estado. O vice-governador Lincoln Tejota e o secretário de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Adonídio Neto, participaram de uma videoconferência com representantes da Michelin, uma das principais fabricantes de pneus do mundo.
Segundo a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Goiás é o terceiro maior produtor de borracha do país e a região norte do estado desponta no extrativismo. São mais de 20 mil toneladas, em uma área plantada de 7.555 hectares. As cidades que se destacam na produção são Barro Alto, Vila Propício e Santa Rita do Novo Destino, que, juntas, são responsáveis por mais da metade da borracha produzida em território goiano.
De acordo com o gerente de Compras, Matéria-Prima e Borracha Natural da Michelin, Pedro Souza, anualmente a Michelin compra R$ 80 milhões dos produtores goianos e ainda gasta outros R$ 5 milhões em serviços de logística e transportes.
Os índices apresentados pelos executivos da Michelin agradaram o vice-governador Lincoln Tejota, que garantiu apoiar as ações que forem necessárias para fortalecer a cadeia produtiva do setor em Goiás. “Vamos integrar nossos órgãos e entidades do Governo de Goiás para fazer uma articulação robusta, envolvendo os produtores rurais e iniciativa privada para impulsionar a cadeia da borracha”, afirmou.
A borracha é originária do Brasil, mais especificamente da região amazônica, e por um período da história do país foi responsável pela pujança da economia do país. No entanto, atualmente, a Ásia se consagrou como a principal produtora. “É inadmissível pensar que, mesmo para consumo interno, o Brasil ainda precisar importar cerca de 60% da demanda”, disse o diretor de Relações Institucionais da Michelin, Rodrigo Santiago.
O cultivo da borracha, geralmente, não é feito em larga escala. Mais de 80% das plantações pertencem a pequenos produtores. Além disso, o processo de extração do látex depende da mão de obra humana. “Vejo grande potencial”, disse o secretário da SIC, Adonídio Neto, ao comentar a grande capacidade do setor da borracha de abrigar trabalhadores desempregados.
“Para que Goiás saia mais rápido da crise causada pela pandemia do coronavírus, acreditamos que é preciso investir em geração de emprego, principalmente nas cidades do interior e na zona rural”, disse o secretário da SIC, Adonídio Neto, que fez questão de lembrar o saldo positivo de criação de vagas de emprego pelo terceiro mês consecutivo em Goiás. Ainda participaram da reunião o subsecretário de Fomento E Competitividade, Bruno Netto Do Espírito Santo, e os advogados Josie Marçal e Leandro Frota.